domingo, 11 de abril de 2010

CAMINHOS . . .


CAMINHOS . . .

CAMINHOS ESVERDEADOS
O AROMA DO MATO
AVENCAS E SAMAMBAIAS
NOS BARRANCOS, PEDRAS E LIMO
UMA FLORESTA PEQUENA
DE GRANDES EUCALIPTOS
FILEIRAS DE AR PURO
O VERDE ESCURO
UM OLHO D´ÁGUA SE DESTACA
REFLETINDO O AZUL CLARO DO CÉU
DE UM OLHAR QUE SE PERDEU?
ANDORINHAS E SABIÁS
NUM CONSTANTE CANTAROLAR
PRÓXIMO A ANTIGA RODA D’ÁGUA
BORBOLETAS ROMÂNTICAS,
CONTAM MUITAS HISTÓRIAS
AINDA HÁ ESPERANÇA NO AR
DUAS FIGUEIRAS, AO LONGE
CRIVADAS DE BARBAS DE PAU
NATUREZA, TERRA SAGRADA
SE REVELA, COM SIMPLICIDADE
SOPRA UM VENTO LEVE
QUE FAZ BALANÇAR O TAQUARAL
UM TRAPO VERMELHO DESBOTADO
ENTRE OS GALHOS
UM ASSOVIAR DE SACI
VELHA TAPERA ABANDONADA
QUE UM DIA SERVIU DE LAR
HOJE ABRIGA UMA ALMA PENADA
NA CHEGADA DA NOITE
LUA CHEIA ILUMINA O LENÇOL, AZUL MARINHO
DE UM OLHAR QUE SE PERDEU?
O UIVO DOS LOBOS
A CHORAR DE SAUDADE
UM VULTO DISTANTE
SE EMBRENHA NO ESCURO
SE TUDO É TÃO SIMPLES E BELO
PORQUE SE ESCONDER?
CHEGA DE SOLIDÃO
QUERO SEU CÉU, AZUL ANIL
JUNTO AOS MEUS CAMINHOS ESVERDEADOS
SINTO FALTA DO TEU OLHAR
DE UM OLHAR QUE SE PERDEU?
NÃO TE AFASTES DO MEU MUNDO
VEM, TENHO MUITO A TE REVELAR
NATUREZA NÃO QUER MAIS CHORAR

Imagem disponível - google

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