LONGE DO TEU BÁLSAMO . . .
Foram trilhas de felicidade
Caminhos azuis, de areia
Um sol e duas realidades
Sonhos... guardados...
Água da chuva
Pés sem meias
E o nosso tempo,abreviado
No limiar,fomos apartados
Por traição,caçados
Turvou o céu
Brusca tempestade
Vento rasgou nossos véus
Quanta maldade...
Murmúrios,parolagens
Insensatez...ociosas mentes
Falsas imagens
Me vi diferente...
triste e assustada
Obscura e descrente
semente pisoteada...
Delirando em miragens
Despedida forçada...
Longe do teu bálsamo...teu olhar
Do teu suave chegar
Está silencioso, meu mar
Minha alma naufragou,
E perdida,chora vingança
não descansa
O algoz nos roubou...
Na quietude do ar denso,
espio teu andar,tenso ...
não me conformo, não passou !
Preso em outro cais
Ancorado,sem chances de meu sim...
Um querer sufocado,em mim...
Preciso gritar... meus ais!
Lamento o triste fim...
...
“Eu sonhei tanto amor, tantas venturas,
Tantas noites de febre e d’esperança!
Mas hoje o coração desbota, esfria,
E do peito no túmulo descansa”
(POESIA: Saudades – versos de Álvares de Azevedo)
Muito lindo esse poema, parabéns amiga, é muito bom passear no seu blog, beijos
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