LABIRINTO DE UMA PAIXÃO
Estranha visão
Cavaleiro errante, some na névoa
Escuridão
Há sangue nas rochas
Maldição
O mar está opaco
Há guerras invisíveis
Ondas violentas romperam correntes
Foi-se um elo da Terra
Espelho de engodo
Imagem refletida ao inverso
Praia vazia...
O som de um eco, um verso
Relógios pararam...
Cacos de vidro na areia
Pés frios, descalços
As velhas chaves...
já não abrem mais as portas
Misteriosos conclaves
União retalhada
Faces da orla
Ora perdida
Ora reservada
Quase sem vida
O desespero paira próximo
ao escuro desfiladeiro
Cavaleiro! Não te escuto mais...
A solidão está nos matando
Fixo naquela imagem , à noite
Lágrimas vertem de minha alma
O algoz regozija-se com o açoite
Dor invisível, que consome
Fragmentos de absoluta negação
Labirinto da paixão
Desilusão
. . . ... . . .
É tarde, que pena, é muito tarde,
o tempo passou depressa,
a angústia ainda, no peito arde
Perdemos muitas chances, presos a formalidades impregnadas por uma falsa moral, imposta pela mesquinha sociedade, hipocrisias de um mundo doente...
“ FUGIT IRREPARABILE TEMPUS”
Estranha visão
Cavaleiro errante, some na névoa
Escuridão
Há sangue nas rochas
Maldição
O mar está opaco
Há guerras invisíveis
Ondas violentas romperam correntes
Foi-se um elo da Terra
Espelho de engodo
Imagem refletida ao inverso
Praia vazia...
O som de um eco, um verso
Relógios pararam...
Cacos de vidro na areia
Pés frios, descalços
As velhas chaves...
já não abrem mais as portas
Misteriosos conclaves
União retalhada
Faces da orla
Ora perdida
Ora reservada
Quase sem vida
O desespero paira próximo
ao escuro desfiladeiro
Cavaleiro! Não te escuto mais...
A solidão está nos matando
Fixo naquela imagem , à noite
Lágrimas vertem de minha alma
O algoz regozija-se com o açoite
Dor invisível, que consome
Fragmentos de absoluta negação
Labirinto da paixão
Desilusão
. . . ... . . .
É tarde, que pena, é muito tarde,
o tempo passou depressa,
a angústia ainda, no peito arde
Perdemos muitas chances, presos a formalidades impregnadas por uma falsa moral, imposta pela mesquinha sociedade, hipocrisias de um mundo doente...
“ FUGIT IRREPARABILE TEMPUS”
Seu poema toca no momento que a leitura avança. Só não identifiquei o "cavaleiro errante" de sua "estranha visão". Inicia-se com a visão de um mundo isolado e fragmentado como se destruído... "As velhas chaves... já não abrem mais as portas": creio que essa metáfora quer dizer que os valores morais já não servem mais.
ResponderExcluirEsses "misteriosos conclaves" nada mais é do que uma referência à secreta escolha papal. No fundo rola uma conspiração por trás de velhas ambições. mas esse conclave pode ser também qualquer reunião secreta em que se exige segredo de Estado.
Noutra passagem surge a questão da repressão, o "desespero", a "solidão", seu sofrimento, diante do desaparecimento do cavaleiro. Quem é ele? Aquele que se tornou uma "desilusão e te deixou no "labirito da paixão"?
...
Nos últimos versos, já com a cosnciência do devir, da transitoriedade do tempo, parece que você despertou dessa desilusão, mas angústia ainda permanece. Lamenta que você perdeu muito tempo ("Nós perdemos"? você e o "cavaleiro errante"?) muitas oportunidades por causa das fúteis "formalidades" impostas pela "falsa moral" pertencente a uma sociedade hispócrita e patológica.
Eu posso tirar muitos sentidos possíveis, mas o que me ficou dessa tentativa de interpretação foi a crítica aos valores morais que teve como consequência a perda do encontro, a fragmentação do corpespírito, o deixar de viver a vida mais próxima da naturalidade dos desejos, paixões, pulsões, gostos... Emfim, quem é o cavaleiro e o que ele te fez? Qual foi o teor dessa lamentação, sem arrependimento? Se não existe uma respota, fico apenas com minha imaginação... (Abraços para juntar-se a essa solidão, um companheiro de destino)