O mar se cobre de brumas
Paisagem lúgubre
Telas opacas
O pranto das águas faz-se ouvir,
na longa estrada
Deserto calvário
Vestida com a mortalha do desgosto
A noite parece mais preta, na orla
Como o horizonte...
meu pensamento acinzentou
Com frio, escondo meu rosto
Umidade com gosto de sal
Um vazio imenso, se arrasta
Hedionda solidão
Agonizante
Barulho forte das ondas,
Borbulham em lamentos
Pouco me importa, a escuridão,
ressentimentos ...
Ando às cegas, cansada das paixões
Caminho de costas, em descompasso
Meus sonhos
Em pedaços
Chora com vontade,
meu coração
Sem laços
A deriva, sem maldade
No colo da ilusão
Jardins adormecidos
Inverno de delírios
Amores jazem, esquecidos
Das profundezas infinitas
Ouço gritos
Sufocados
Febris: ... nunca mais...
Perdeu-se para sempre...
Sem adeus...
Meu silêncio, sepulcral
Somente as sombras
Desvios sem razão
Sentimentos se perdendo
Rupturas
Desafinada marcha
Melancolia
Não quero reagir
Me desconheço
Sem vida
Desfaleço
Imagem disponível Google
“Da sua voz parece o rude lamento de um ferido
Á beira de um lago de sangue,
sob um monte de mortos
E que agonia, imóvel, no último dos portos”
Charles Baudelaire
Sua poesia é muto linda, seu jeito de escrever nos encanta amiga.Tem uma poesia minha "Pescador de Sonhos" no blog a baixo, se puder visite e a leia deixando um comentário seu, será uma honra pra mim, se puder seguir o blog será bem vinda, o blog é de uma amiga.
ResponderExcluirhttp://umcoracaoqueama.blogspot.com
Tudo de bom pra você, seu amigo Arnoldo
wow!! I really like your work, makes my mind wander and think and connect with life, love and all the energy around us!
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