domingo, 29 de maio de 2011

♪..A METADE DISTANTE.♪




 
Distante do planeta...
Apenas trinta por cento no chão
O resto,muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua
ao lado da solidão, faminta
que para não desfalecer,
engole palavras
As rimas de outrora
Perderam-se no espaço
A tinta escura de minha caneta,
a borrar certos versos...
Cobrindo as pegadas azuis
Poemas tão claros,tão óbvios...
Escondidos no vale da sutileza,
Adormecidos...
As letras secretas não saem mais...
do caderno
Estão proibidas de ver o sol do meio dia

Que tempo estranho
Apenas trinta por cento no chão
O resto,muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua
ao lado de uma lágrima presa
que não se permite chorar
difícil mesmo é desatar os nós,
invisíveis
aquele céu de anil mudou-se...
para Marte
como alcançar as nuvens
se estou noutro tempo
só vejo o sol da meia noite

Que vento tão frio
Apenas trinta por cento no chão
O resto,muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua
ao lado da dor da saudade
no colo da esperança
habitante do índigo da noite
onde as estrelas vigiam meu sono
o desejo distante do corpo,
e a distância do céu de Marte
tão perto da alma

A metade distante...
ainda permanece comigo
Apenas trinta por cento no chão
O resto, muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

...GHAZAL...




Ghazal . . .

Mar abstrato, envolto em brumas
Sujeito oculto, navegante do meu Ghazal

Perdido no tempo pretérito
Senhor dos meus... devaneio verbal

Ondas encaracoladas rebatem as rochas
Sob o testemunho de um sol nitente, passional

Pensamento delirante da paixão
Em busca da concha escondida, no abissal

Algas azuis ressurgem, com o repuxo
O céu estampa seu forte semblante, ponto final

Grãos de areia, gemem com o vento
Entre nós, adjetivos, ventanias de sal

Amor eterno, infinito oceano de cores
Reluz nas águas claras, meu doce cristal




terça-feira, 17 de maio de 2011

. . . ODAREPSENI . . .




  .  .  .   ODAREPSENI .  .  .

CAI a noite, cidade cheia... transborda
Chuva fria, insistente, CAI
SOLIDÃO, teimosa , invade
Inunda,afoga a alma, SOLIDÃO
EU VOU, meus passos... casaco preto
No meio da multidão,nas ruas, EU VOU
NÃO PERCEBO, as cores,que vem
Teu rosto, o tempo passou, NÃO PERCEBO
LÁGRIMAS deslizam pela face
O céu enche as calçadas de LÁGRIMAS
DE REPENTE, um raio, uma explosão...
Ressurge você, tão forte, DE REPENTE
ODAREPSENI...na minha frente!
Guarda-chuva... cinza escuro, ODAREPSENI!
INESPERADO,  seu sussurro...meu amor...!
Encontro INESPERADO

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

MISCIGENAÇÃO POÉTICA




Miscigenação poética

Eles podem nascer
Ao olhar um cartaz
na esquina escura
ou de uma caminhada
na estrada movimentada e clara,
de uma escalada
na montanha deserta
ou até na hora do banho,
muitas vezes são vazios 
incompletos e vão tomando forma...
eis a verdadeira poesia
onde não há lugar...
para versos prontos deitarem
não são perfeitos,
porque o mundo não o é...
A criação é livre,
a poesia nasce da alegria,
da tristeza e da saudade,
da revolta ou do desejo,
 miscigenação poética