sexta-feira, 30 de abril de 2010

JÁ É TARDE, MUITO TARDE

    

É TARDE, MUITO TARDE




A hora passa



Os imensos cata-ventos giram



Sem parar



Uma lembrança ,



Quase engolida pela traça



Não quer calar



A desfigurada esperança



Sonhos de amor que fugiram



Ar pesado, muito vento



Embarco em outra viagem



Solidão, ecos, relento



Estrada vazia, uma miragem



Preciso partir



Um desejo contumaz, ainda arde,



hesito em fugir



O ponteiro do relógio, a me ferir



Porém , já é tarde, muito tarde







Imagem disponível – GOOGLE IMAGENS

terça-feira, 27 de abril de 2010

CAVALGANDO NA ILUSÃO

CAVALGANDO NA ILUSÃO

Quero afastar os pensamentos

Que perseguem certos momentos

O sonho criado, se desfaz

Espelho de alma que jaz

Sentimento tardio

Gritos no vazio

Lembrança que angustia

Louca fantasia
Cavalgando na ilusão

Sonhando na escuridão

Fio de teimosia, inconseqüente

Terra sem semente

Pesadelo da contradição

A perturbar o coração

sábado, 24 de abril de 2010

NOITE DE POESIA




NOITE DE POESIA

Na aldeia dos poetas,


Surgimos, pássaros andarilhos


Flutuamos, nos trilhos dos sonhos


Deslizamos feito grãos de areia, ao vento


Tecemos nossa imensa teia


Das idéias que nascem livres


Do verbo que se faz


Libertamos os sentimentos


Das vivências, ao papel


Chuva de outono é inspiração


Natureza em rima


Paixão e lágrimas


Amor e alegria


Versos de solidão


Caprichos do coração


Retratos escuros do céu


Madrugadas geladas

Café e uísque, aquecendo a alma


Pintura íntima, nostalgia


Amizades, saudades


Amores, eternidade


Um brinde à boemia


Velhos poetas se reencontram


Caneta e caderno


Violão e voz


Nasce a poesia



Pintura disponível – GOOGLE IMAGENS

segunda-feira, 19 de abril de 2010

MÚSICA DO CORAÇÃO


♥ MÚSICA DO CORAÇÃO ♥

Cadernos de música
Partituras inacabadas
Meu piano em espera
Vou tocá-lo, com carinho
Seu pensamento me chama
O início de uma outra Era
Emoções reveladas
Diz-me amor da sua melodia
Minha esperança ama
Com saudade, reclama
Hoje vou compor em harmonia
Em minha partitura, eu desenho
Uma história de paixão
Beleza e fantasia
É tudo que tenho
Minha profunda inspiração
O toque da magia
Claves de sol e de fá
O som a se misturar
Num pequeno prelúdio
Meus dedos nas teclas a dançar
Numa composição
As notas se unem
Na música do coração
Imagem disponível - GOOGLE
PUBLICADO NOS SITES: CASA DA POESIA , SITE DE POESIAS E O MELHOR DA WEB - POESIAS


POEMINI 06


MELODIA DOS VENTOS . . .


MELODIA DOS VENTOS

Na melodia dos ventos
Descanso minha alma
Eternos momentos
Pintura celeste
Repouso dos meus olhos
A realidade é um sonho
O sonho é uma realidade
Paralelos mundos, eternidade
Erguem-se as fortalezas
Ventos coloridos, sopram a canção
O perfume do Universo
A conspirar para a perfeição
O desabrochar da natureza
Novamente o círculo de fogo
Se esconde...
Cai a noite, com realeza
Som único, melodia dos ventos
A descer, uma bruma lilás
Que acalma, trazendo a paz
Sentimentos de leveza
Surgem inúmeros diamantes,
no céu escuro
A ornamentarem o espaço
Cinturão de Órion
Deslumbrante e puro
Constelação do equador celeste
Em missão, pela Terra Sagrada
Numa explosão da nebulosa
Que de amor se reveste
Lua cheia de vidas
Melodia dos ventos, em viajem
Orionte, caçador perdido, na escuridão
Em busca do véu das sete mil cores
Ao longe, Antares, a Dama de Vermelho
A outra constelação
Imensa,a revelar-se num coração
Crivado de luzes
Energia intensa
Melodia dos ventos
O reflexo dos espelhos
Nas águas do Planeta
Azul matizado de esmeralda
O segredo da criação
Magia, forte vibração
Mistérios, memórias, lembranças
Na galáxia, clarões de esperanças
A desenhar-se, na Melodia dos ventos...

BARCO SEM RUMO


BARCO SEM RUMO

Meu barco sem rumo
Navega por desertos mares
Carregando num baú, as cinzas
Da alma de um marinheiro
O verso morto...
Minha poesia grita no escuro
Invisível e distante
Feito criatura sem porto
Sem destino
Súbita paisagem, se apresenta
Repetindo-se mil vezes
Sem nunca se completar
Labirinto infinito de esperas
Barco desgastado, à deriva
Numa noite que não quer ir embora
Nas mãos de uma dor, sorrateira
A espreita , uma chuva de lágrimas
Meus ecos respondem:
Estou só
Completamente só
Distante do barulho da vida
Em profundo silêncio
Procurando inquieta
Meu poema inacabado
Anjo desbotado, sem asas
Perdido nos abissais
Não tenho respostas
Só um gosto de água salgada
E uma incerteza que sangra.

domingo, 18 de abril de 2010


Madrugada em fuga

O vento soprou
A noite ficou mais escura
Meu sonho desmoronou
Me debati na pedra dura
A vela apagou
Perdi a formosura
Nada restou
Corpo sem compostura
Congelei diante do desejo extinto
Sem chorar fiquei sem ação
Nenhum um sinal, nada sinto
Perdi para sempre aquela emoção
Me ajoelhei diante do altar de sacrifícios
Experiências perdidas, nunca vividas
Escondi a alma, não deixei indícios
Cobri com ácido a ferida
Não entendi os artifícios
Para sempre, ficarei escondida
Poderia ter evitado os malefícios
Na minha ignorância, me sinto protegida .

"Abi! Praetivive ac mereris...abi!!!!"



quinta-feira, 15 de abril de 2010

MINHA CAIXA DE SEGREDOS


MINHA CAIXA DE SEGREDOS

SE EU PUDESSE...
MUDARIA DE CANTEIRO A FLOR
LIBERTARIA MEU CORAÇÃO
ESTENDERIA MINHAS MÃOS
ABRIRIA MAIS MEUS BRAÇOS
RESGATARIA ANTIGOS ABRAÇOS
AGORA ME AQUIETO, NADA FAÇO

SE EU PUDESSE...
DARIA AO MUNDO MAIS PAZ E CALMA
ABRIRIA MINHA ALMA
REGARIA AQUELA FLOR
MEU SEGREDO, MINHA DEVOÇÃO
UM PEQUENO BRILHO NO CORAÇÃO

SE EU PUDESSE...
DANÇARIA ATÉ AMANHECER
FARIA O MAL ADORMECER
ENCHERIA A VIDA DE MAIS COR
DESATARIA ALGUNS NÓS
A REALIDADE É QUE ESTAMOS MAIS SÓS

terça-feira, 13 de abril de 2010

PARA QUANDO SE SENTIR SOZINHA - AUTORIA DO POETA LUCAS MENCK


PARA QUANDO SE SENTIR SOZINHA

Retire da noite um pouco de silêncio e do silêncio da noite alimente o seu espírito.
Reveja as suas ilusões, que agora são as saudades que no dia-a-dia você faz questão de ignorar. Mas que agora, quando se sente sozinha, pode encarar com um sorriso triste, sabendo que tudo passa, pois tudo passou.
É por isso que não se deve ter medo de nada. Tudo, tudo, tudo passa!
Passa o que você viu, o que você ouviu, amou, adorou. O que você deixou de ver, não quis ouvir, ignorou.
Passa. Tudo passa!
Olhe no fundo de si mesma e afaste essa sensação de estar continuamente andando em voltas. Voltas e mais voltas que a deixam sempre no mesmo lugar.
Mas que lugar é esse? Pouco importa. Não é o lugar, é você!
Levante os olhos, olhe as estrelas no céu. É de uma estrela que provém para todos nós a luz do dia que está para nascer.
Sempre existe um amanhã.
Lembre-se então do sonho de alguém que sempre sonhou estar ao seu lado, mesmo quando os seus sonhos eram outros.
Sorria. Tudo passa, assim como agora passa em seu coração a imensa ventura de saber que foi profundamente amada.
Não! Você não está sozinha.
A pessoa que a amou, passou. Mas lhe deixou o verdadeiro amor, que é eterno!
Levante a cabeça. Reafirme o desejo de seguir em frente.
TEXTO Lindo!!! Escrito pelo amigo e poeta : Lucas Menck

Publicado no site: O Melhor da Web em 20/03/2010 , em sua página.
Código do Texto: 52210

domingo, 11 de abril de 2010

CAMINHOS . . .


CAMINHOS . . .

CAMINHOS ESVERDEADOS
O AROMA DO MATO
AVENCAS E SAMAMBAIAS
NOS BARRANCOS, PEDRAS E LIMO
UMA FLORESTA PEQUENA
DE GRANDES EUCALIPTOS
FILEIRAS DE AR PURO
O VERDE ESCURO
UM OLHO D´ÁGUA SE DESTACA
REFLETINDO O AZUL CLARO DO CÉU
DE UM OLHAR QUE SE PERDEU?
ANDORINHAS E SABIÁS
NUM CONSTANTE CANTAROLAR
PRÓXIMO A ANTIGA RODA D’ÁGUA
BORBOLETAS ROMÂNTICAS,
CONTAM MUITAS HISTÓRIAS
AINDA HÁ ESPERANÇA NO AR
DUAS FIGUEIRAS, AO LONGE
CRIVADAS DE BARBAS DE PAU
NATUREZA, TERRA SAGRADA
SE REVELA, COM SIMPLICIDADE
SOPRA UM VENTO LEVE
QUE FAZ BALANÇAR O TAQUARAL
UM TRAPO VERMELHO DESBOTADO
ENTRE OS GALHOS
UM ASSOVIAR DE SACI
VELHA TAPERA ABANDONADA
QUE UM DIA SERVIU DE LAR
HOJE ABRIGA UMA ALMA PENADA
NA CHEGADA DA NOITE
LUA CHEIA ILUMINA O LENÇOL, AZUL MARINHO
DE UM OLHAR QUE SE PERDEU?
O UIVO DOS LOBOS
A CHORAR DE SAUDADE
UM VULTO DISTANTE
SE EMBRENHA NO ESCURO
SE TUDO É TÃO SIMPLES E BELO
PORQUE SE ESCONDER?
CHEGA DE SOLIDÃO
QUERO SEU CÉU, AZUL ANIL
JUNTO AOS MEUS CAMINHOS ESVERDEADOS
SINTO FALTA DO TEU OLHAR
DE UM OLHAR QUE SE PERDEU?
NÃO TE AFASTES DO MEU MUNDO
VEM, TENHO MUITO A TE REVELAR
NATUREZA NÃO QUER MAIS CHORAR

Imagem disponível - google

sexta-feira, 9 de abril de 2010

VÉU DE PRATA


Véu de Prata

Beleza pura
que serve aos impuros
Debaixo das máscaras
não sobraram verdades
Ficaram para trás as histórias
de Deuses tiranos
e Demônios Calados
Onde está o juiz ?
que serve aos reis do engano...
Há uma mesa posta no centro da alma,
repleta de delícias
É um belo e suculento banquete
o que apresenta a côrte dos tortos
Devorando os próprios olhos
para não ver a verdade...
Bebendo o próprio sangue
só para fingir estar vivo
Sufocando o próprio coração
No manto das ilusões
Cobrindo a própria face
com um véu de prata

Autoria do amigo: "Poeta Oculto"

AS APARÊNCIAS ENGANAM ...

Que aconteceu?
Quanto mais se vive, mais se vê.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
É difícil esquecer...de repente, um longo amor.
O que sentes?
Paixão cega a razão.
Pequenas dívidas fazem grandes inimigos.
Não sei o que aconteceu.
A letra com sangue entra...
A maior vingança é o desprezo.
Antes sofrer o mal, que fazê-lo.
As aparências enganam...
As aparências enganam...
As aparências enganam...
O tempo é mestre.
O tempo tudo traz.
O tempo vai e não volta.
O tempo voa.
Para que me alongar ainda!
As aparências enganam...
Quando os meus males forem velhos,

os de “alguém” serão novos.
Quanto mais se vive mais se vê.
As aparências enganam...
As aparências enganam...
As aparências enganam...

terça-feira, 6 de abril de 2010

QUID PROFUNDUM MARIS !


QUID PROFUNDUM MARIS...

Tua voz eu já não ouço mais
Teus poemas estão desconexos
Para os abismos do mar!
Uma calmaria tomou conta de mim
Viajo nos pensamentos, sem culpas
Não espero e nem quero teu sim
Para os abismos do mar!
A paixão sucumbiu
transformou-se
Em um anjo invisível
Livre e assexuado
Deixou de ser segredo
Perdeu a graça
Não houve pecados
Não importa para onde irás
Para os abismos do mar!
Sentimento velado
Enterrado
Quid profundum maris!!

domingo, 4 de abril de 2010

ARTESÃ DAS LETRAS NAS BRUMAS




ARTESÃ DAS LETRAS NAS BRUMAS


MEUS DEDOS CHEIOS

DE ANÉIS E ALIANÇAS


NUNCA ME PRENDERAM!

NEM MESMO AS CORRENTES


CONSEGUEM ME DETER!

MINHA ALMA APRECIA VAGAR NAS BRUMAS,


PELA NOITE.

SENTIR O VENTO FORTE


BATER NAS COPAS DAS ÁRVORES

E VER A LUA CHEIA ENTRE OS SEUS GALHOS!

APRENDI A CONVIVER COM MEUS FANTASMAS,
SEI BEM DOS MEUS LAMENTOS,


CONHEÇO MEUS TORMENTOS!

APRENDI A ESCUTAR


A VOZ DO SILÊNCIO!

MEU OLHAR VERDE,


CONCENTRADO, A OBSERVAR, ATENTA!

APRENDI HÁ MUITO TEMPO


A VOAR SOZINHA!




sexta-feira, 2 de abril de 2010

SOLIDÃO


Do âmago, nasce a minha inspiração
Meus sonhos, se confundem com a realidade
Não sei mais do meu coração
Paixões que pereceram, não vingaram
Amores que vivi e revivi, pura ilusão
Os copos se quebraram
Acostumei-me a sublimar a solidão
Lancei no abismo, o teu desprezo
Encerrada em minha fortaleza
Resisto a toda forma de violência sutil
Meu amor maior é a Divindade, a natureza
Já sofri muito, fujo da forma vil
Mascarados aparentando beleza...
Expressando, sem causa, ciúme...
Estas frivolidades já não me afetam
Estou acima de desdenhos, no lume
Algumas contumélias sugiram, com indolência
Nossos naipes estão a se afastar
Não conseguem se encaixar
Não tenho mais condições de me aborrecer
Embarco num trem invisível, com paciência
Vou caminhar sozinha, viver, envelhecer
Os que se aproximarem, que saibam me interpretar
O tempo é mestre, faz esquecer
Que não se precipitem em me julgar
Acostumada à frieza de certos momentos
Carrego comigo, um cobertor de luz
Não preciso mais ir tão longe
para ver os plátanos e juntar suas folhas caídas,
está tão perto, o sagrado monge...
As emoções morrem e ressuscitam, tenho nove vidas,
Meus arranjos são construídos, com simplicidade
Prefiro uma humilde retirada, chega de argumentos
Não cultivo luxos e tampouco a maldade
Me reservo, me resguardo, sem lamentos.


“Sapiens autem a nullo contemnitur, magntudinem suam novit”!
“Aliás , a tudo isso que se denomina pequenez de ânimo, melhor seria chamar de enfermidade, porque são coisas que não a vencem, nem sequer logram produzir abalo nela”

( Frase extraída da obra: A constância do Sábio – autor: SÊNECA) .
Publicada no Site O MELHOR DA WEB - POESIAS
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