sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SONO DE DEZEMBRO . . .

     
SONO DE DEZEMBRO . . .

Alamedas escuras

ruas turvas

cobertas de areia

lavadas de suor

pálido medo

prédios inacabados...anêmicos

minh’alma errante

não quer descansar

caminha tateando os cordões e muros

escuridão sem destino

clarão no céu

lua cheia invade a noite

reflexos de luz nas poças d’água

farejo teu cheiro no ar...

forte maresia

almiscaradas madeiras

aproximo-me da tua janela

entreaberta para as brisas

aqui fora...o silêncio,as brumas

te descubro...entorpecido pelos sonhos...

adormecido entre os lençóis cremosos

madrugada desperta

nuvens preguiçosas encobrem o céu

penumbra ...

espio teu sono...profundo

embalado pela suavidade...

do vento que desperta

minha sombra nos pilares acinzentados,

sussurra que é hora de partir

o tempo passou depressa

o sol já vai nascer..



 Publicado no site: O Melhor da Web  e Site de Poesias em 15/12/2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

RIMAS AO LUAR . . .























RIMAS AO LUAR



Nobre Poeta da noite estrelada
Espero-te em breve!
Ao cair da madrugada

       .  .  .

Já vou Dama da neve!
sem muito pensar!
Doces versos...leves
Nós vamos rimar

       .  .  .

Teu perfume no meu paraíso,
vejo teu vulto no mar...
é silencioso meu sorriso
Poemas ao luar...
Até tua embarcação ancorar
 
        .  .  .


Cheguei Dama da neve! Para te amar
Roubar-te muitos beijos à luz do luar . . .









terça-feira, 15 de novembro de 2011

MOMENTOS ...














MOMENTOS . . .




MOMENTOS...ETERNIZAM
MARESIA
ONDAS
AREIA
TARDES
MOMENTOS...LUZES
ALEGRIA
PAZ
AMOR
TROCAS
MOMENTOS ...VIVEMOS
MAR
PARAÍSO
CÉU
MOMENTOS...
ETERNIZAM
ESPALHAM
LUZES
VIVEMOS


Publicado no site:
O Melhor da Web em 02/11/2011
Código do Texto: 84903

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

NOÊMEA DO MAR

















NOÊMEA DO MAR!!!


Noêmea do mar!
Quanto tempo faz que você se foi
Não sei bem ao certo
Me perdi nas contas
Entrei na Estrela...
Eu que nem imaginava isso para mim...
Você acertou!
Só a carruagem branca
Que ainda não chegou...
Te vejo no sol, amiga!
Te sinto no vento,irmã!
Você fazia um clarão
no escuro dos temporais...
Ríamos à noite na Lagoa dos Barros
Parava uma chuva com um assovio, sopro
Tantas palavras,tantos conselhos
Madrugadas em claro
Quantas dúvidas...
O futuro era tão incerto...
Já estou no futuro...
Tão certo,como você falou
Quantas idas e vindas...
Caminhadas na Barra...
Os botos à espreita
Os banhos de chuva no calçadão
E de uma hora para outra
Te levaram para outro mundo
Amiga inesquecível
Ora cigana das premonições,
Minha irmã de alma
Ora baiana a cantar e dançar
Nunca mais consegui ir lá...
com alegria e esperanças,como antes...
Dá uma dor no peito
Quando entro na cidade
e cruzo a primeira sinaleira
Aquela cidade ficou tão turva
Tão perto daqui
A beira do mar lá ...é triste
Na plataforma eu nunca mais pisei
A ponte que liga o rio com o mar
Eu passo só por necessidade
Não quero mais contato com as pessoas de lá
Tudo me lembra você,amiga,tudo
A igreja de São José - dos operários
Os pátios gramados, tão floridos, as rosas
A chegada da primavera me lembra você
Nossos cafés e conversas
Tua rua... escureceu
Eu fiquei aqui ...perto dos morros
Meu pranto é silencioso
Tenho saudades
Inesquecível amiga
Noêmea do mar!!!!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ALTO MAR

















ALTO MAR


Não posso ir...
Estradas conhecidas,poeira
Também não posso ficar parada
Minha natureza é um furacão
Meu salto é quântico
Cansei de andar em círculos
Quebro as barreiras viciosas
Basta as energias estagnadas
Adeus aos rabos de dragões
Vou para o alto mar,brisa
Andar na terra ficou chato
Meu destino eu posso mudar


Não me espere mais...
Cansei de andar em círculos
Vou navegar...
Meu destino eu posso mudar

IMG - GOOGLE

. . . DE PARTIDA . . .












...DE PARTIDA...


Despedida
Estou de partida
Pássaro cantou
Meu trem já chegou
Ilusão do tempo
Não há mais tempo
Só o momento
Sem medos,sem pensamento
Novo sonho revelado
Deixo para trás o passado
Encontrei outra imagem
Embarco em nova viagem

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SOPRAM SEGREDOS NAS BRUMAS . . .



SOPRAM SEGREDOS NAS BRUMAS . . .

Sopram segredos nas brumas..

Cupido invisível esconde nosso calor em seu corpo

Nas nuvens de cima clareza eu sinto

Tradução da lua,em mim,

Tradição do sol,eu sou

Mar silencioso, tu és

O papiro mais difícil de se traduzir

Areias cobrem duas pérolas leitosas...

Sublimo minha paixão nas brumas azuladas

Disfarço,sou anjo sem asas, que voa nas tuas estradas,

Vapores tingidos de púrpura,infinitas noites de liras ...

Sopram os segredos nas brumas..

Sobe nossa melodia, para muito além da escuridão

Sigo o rumo das estrelas cadentes,pintando o horizonte de lilás

Deixa suas marcas divinas em nós,doce Cupido,

feitas com ar fresco dos campos de trigo...

enfeitados de libélulas cristalizadas

Brisa perfumada de sândalo...nos acalma por segundos...

emergem as horas com pressa,insistentemente a sussurrar...

por meses , teu (meu) nome ecoa na divisa dos trópicos,

Aquela imagem ... em cada rosto que vi

Laços etéreos que não se arrebentam...

Universo...alimentando as brasas de um fogo que nunca cessa...

Labaredas oníricas que por receio queremos apagar...

Nossos olhos, cegados pelo mundo... receiam ver

Letras se unem,nascem as palavras

Frases se fundem em energia e criam asas

Suspira um meigo Cupido, acordando dois corações

Fujo para o paralelo dos "Sosordem"

levando parte do sentimento no peito

Só sei de meu poema, índigo poema...

que arrebenta ondas em meu corpo,

e assim...dormindo e acordando,

retornando...

Crio asas... para voar cada vez mais longe

Transponho a sutil divisa...

que leva a tua (nossa) compreensão,

e então entendo que o vento que me levou...

é o mesmo que te trouxe...



imagem-google




















































































quarta-feira, 17 de agosto de 2011

POR VÓS . . .


POR VÓS

Por vós rogo pelos séculos que se arrastaram!
Regressais nobre cavaleiro que beijou minha testa
em vossa ausência recolho-me na torre do leste
a rondar o palácio estão os abutres, de soslaio

Quando no horizonte desce o breu
o sol se afoga em trevas...
Por vós rogo pelos séculos que se arrastaram!

Vinde cear com vossa dama de sete
Regressais nobre cavaleiro que beijou minha testa
Esqueçais vossos infortúnios,
assim não lembrarei minhas falácias
Ao som das cítaras, prelúdio de hierofantes
Os serafins descerão à Terra

Por vós rogo pelos séculos que se arrastaram!
Regressais nobre cavaleiro que beijou minha testa!

img - google





sexta-feira, 12 de agosto de 2011

OITO POR OITO



OITO POR OITO

Nas andanças do dia

Perdi minha estrela guia

Oito por oito... fervia

Falsa visão

Espada da ilusão

Em minha marcha noturna

Desviando serpentes

Arrastando correntes

Encontrei nos montes, o cão

Até parecia gente...

Contradição...

Muito feno empilhado

Palhas no chão

banhadas pelo luar

Reluziam como ouro,

Céu negro,cinza, arroxeado

Confundindo meu olhar

Pobre tesouro

Imensa armadilha

Me joguei na tal maravilha

Sujei minhas botas de lama

Sórdida trama

O eclipse aflorou...o velho caiu,

O anjo caiu

A chuva sangrenta desceu...

Minha lágrima subiu

O cão não mordeu, só latiu

Desviei das navalhas

O inferno sorriu

Que templo pestilento

Quantas mortalhas

Preciso de vento...

vento sul, vento norte , vento...

Oito por oito, acabou o tempo...


Vem depressa COMETA, com o som do vento,

Vem meu norte... poeta triste...

Está ventando, ilesa estou com a bússola,

vamos fazer a trilha, hoje...
















































































sábado, 6 de agosto de 2011

DEIXA CHEGAR



DEIXA CHEGAR


Deixa chegar
Na explosão dos segundos
Consumidos de saudades
Deixa chegar
Na impossibilidade do tempo
Consumidos de inverdades
Deixa chegar
Na alma inquieta dos anjos
Consumidos de lembranças
Deixa chegar
Na silenciosa melodia do vento
Consumido pelos desertos
Deixa chegar

IMG google

PRESENTE DE UMA CIGANA



Presente de uma cigana . . .


Ao olhar pela janela entre os pingos da chuva, observou as folhas secas sendo arrastadas pela água, ares de outono despedindo-se com pressa.
Relutando em virar o rosto para outro lado, concentrada em pensamentos matinais, tão seus, o fez com preguiça e em seguida baixou a cabeça e lá estava no gramado encharcado um anel de prata com uma pedra de ametista, brilhando inexplicavelmente para ela.
O coração disparou, curiosa correu porta afora, afobada tropeçou no tapete, caiu batendo a cabeça, desmaiou.
Despertou no colo de uma velha cigana, sentiu o cheiro das laranjas e limas em cima da mesa redonda de madeira bruta, para sua surpresa, em cima da mesa,o anel de ametista e alguns colares de pedras verdes e azuis, ao fundo da sala uma cortina bege e uma mesinha pequena com um candelabro com duas velas acesas ,um baralho e flores do campo num copo tosco.
Assustada ela caminhou tateando entre a penumbra e a escuridão até uma porta oval entreaberta, espiou para fora, viu muitos eucaliptos, era uma floresta, avistou outras carroças, uma fogueira no meio, onde homens e mulheres dançavam e cantavam alegres e crianças brincavam . Sem nada entender voltou para a carroça, perplexa, olhou para a velha cigana em pé, com vestido azul escuro uma corrente dourada no pescoço, uma caneca na mão, fazia frio, a cigana ofereceu-lhe água e apontou para uma pequena cama com cobertas em tons roxo e vermelho, pegou em sua mão, beijou-lhe a testa e conduziu-a até o descanso, ela tentou perguntar à velha que lugar era aquele, mas não conseguiu falar, ficou emudecida, pensou, talvez que fosse pelo choque do tombo.
Quem seria aquela mulher, e que lugar era aquele? E o anel o que fazia ali na mesa? Adormeceu cheia de dúvidas, muito cansada. Teve um sono perturbado, ora acordava em casa, na sua cama, ouvia os cachorros da vizinhança latirem, ora abria os olhos e via as chamas das velas já quase apagando.
No dia seguinte, acordou em sua casa, sem cigana, muito menos anel, levantou meio tonta , vestiu-se automaticamente, atrasada nem tomou café, foi para o trabalho, vinte quilômetros,nem sentiu a distância, estacionou na frente do serviço, desceu e quando atravessava o gramado próximo a alguns arbustos deixou a chave do carro cair, abaixou-se para pegá-la e para seu espanto viu o anel de ametista, juntou a chave e pegou o anel que foi para o seu dedo e nunca mais saiu.
Linda jóia, única, quando as colegas perguntavam ou elogiavam o vistoso anel, ela sorria e respondia é uma longa história , foi presente de uma velha cigana...

IMG GOOGLE




terça-feira, 12 de julho de 2011

INSÓLITO . . .



INSÓLITO .  .  .

Um raio de sol que se fez
Em algum lugar do oceano... vivo
Encoberto de brumas
Encontro insólito
Tarde inteira
Instantes jupterianos
Um lume na noite
A lua comunga com o mar
Confissões na madrugada clara
Letras arranham o céu
Estrelas na Terra
A força das palavras
(não posso esquecer...)
Nos pés do vento
Construíram pegadas na lua
Em algum lugar do oceano...
Um raio de sol...
Encontro insólito...

É a voz da vida que reflete
o sol permaneceu
Encontro insólito
Passam as horas
Caminham os dias
E na virada do calendário...
E o sentimento acorda!

E me perguntas se eu o levaria...?
Com certeza, eu o levaria , sim,  Senhor!


terça-feira, 28 de junho de 2011

Saudades de um gaúcho II



SAUDADES DE UM GAÚCHO II


Inverno que chega

O sul desperta

Saudades de um gaúcho

Sopra o minuano na noite

corta a estrada velha

e a alma da noiva de julho

acorda e sangra

Saudades de um gaúcho

Manhã,geada no pasto

Pinheiros inclinados

se escondem pela cerração

Ao final da tarde

Os galhos gemem de frio

e a alma da noiva de julho

acorda e sangra

Inverno que chega

Saudades de um gaúcho





Sul... longas manhãs

de chimarrão

Sul... tardes frias

Poesia e violão

Sul... noites de vento

soprando a canção:

“saudades de um gaúcho...”

“saudades de um gaúcho...”


Imagem - Google




domingo, 29 de maio de 2011

♪..A METADE DISTANTE.♪




 
Distante do planeta...
Apenas trinta por cento no chão
O resto,muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua
ao lado da solidão, faminta
que para não desfalecer,
engole palavras
As rimas de outrora
Perderam-se no espaço
A tinta escura de minha caneta,
a borrar certos versos...
Cobrindo as pegadas azuis
Poemas tão claros,tão óbvios...
Escondidos no vale da sutileza,
Adormecidos...
As letras secretas não saem mais...
do caderno
Estão proibidas de ver o sol do meio dia

Que tempo estranho
Apenas trinta por cento no chão
O resto,muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua
ao lado de uma lágrima presa
que não se permite chorar
difícil mesmo é desatar os nós,
invisíveis
aquele céu de anil mudou-se...
para Marte
como alcançar as nuvens
se estou noutro tempo
só vejo o sol da meia noite

Que vento tão frio
Apenas trinta por cento no chão
O resto,muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua
ao lado da dor da saudade
no colo da esperança
habitante do índigo da noite
onde as estrelas vigiam meu sono
o desejo distante do corpo,
e a distância do céu de Marte
tão perto da alma

A metade distante...
ainda permanece comigo
Apenas trinta por cento no chão
O resto, muito longe
anos luz da Terra
Setenta por cento na lua...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

...GHAZAL...




Ghazal . . .

Mar abstrato, envolto em brumas
Sujeito oculto, navegante do meu Ghazal

Perdido no tempo pretérito
Senhor dos meus... devaneio verbal

Ondas encaracoladas rebatem as rochas
Sob o testemunho de um sol nitente, passional

Pensamento delirante da paixão
Em busca da concha escondida, no abissal

Algas azuis ressurgem, com o repuxo
O céu estampa seu forte semblante, ponto final

Grãos de areia, gemem com o vento
Entre nós, adjetivos, ventanias de sal

Amor eterno, infinito oceano de cores
Reluz nas águas claras, meu doce cristal




terça-feira, 17 de maio de 2011

. . . ODAREPSENI . . .




  .  .  .   ODAREPSENI .  .  .

CAI a noite, cidade cheia... transborda
Chuva fria, insistente, CAI
SOLIDÃO, teimosa , invade
Inunda,afoga a alma, SOLIDÃO
EU VOU, meus passos... casaco preto
No meio da multidão,nas ruas, EU VOU
NÃO PERCEBO, as cores,que vem
Teu rosto, o tempo passou, NÃO PERCEBO
LÁGRIMAS deslizam pela face
O céu enche as calçadas de LÁGRIMAS
DE REPENTE, um raio, uma explosão...
Ressurge você, tão forte, DE REPENTE
ODAREPSENI...na minha frente!
Guarda-chuva... cinza escuro, ODAREPSENI!
INESPERADO,  seu sussurro...meu amor...!
Encontro INESPERADO

 img Google

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MISCIGENAÇÃO POÉTICA




Miscigenação poética

Eles podem nascer
Ao olhar um cartaz
na esquina escura
ou de uma caminhada
na estrada movimentada e clara,
de uma escalada
na montanha deserta
ou até na hora do banho,
muitas vezes são vazios 
incompletos e vão tomando forma...
eis a verdadeira poesia
onde não há lugar...
para versos prontos deitarem
não são perfeitos,
porque o mundo não o é...
A criação é livre,
a poesia nasce da alegria,
da tristeza e da saudade,
da revolta ou do desejo,
 miscigenação poética

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ESTAÇÃO DO SILÊNCIO





Estação do silêncio

O soar dos pingos, 
nas calçadas
Flores e folhas, imersas
Poças d’água
refletem a tarde
A chuva não cessa
Deixando suas marcas
Descolorindo a paisagem
As horas escorrem pelo céu
Turvando o horizonte
A melancolia desce,
com o soprar do vento
revelando...
a estação do silêncio