segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NOS CORREDORES DO UNIVERSO




NOS CORREDORES DO UNIVERSO . . .

Não procuro o inatingível


novamente estremeço


ouço ecos


de gritos incontidos


meu pensamento suspira


encontro-me com o silêncio


tão inevitável


letras se esbarram,


tropeçam e se encontram


contam histórias


memórias despidas... pairam no éter


como se define a ilusão?


Se ela está a lutar com a realidade


nos corredores do Universo


uma bela e intrigante conspiração...




Hierofante, eremita


mago ou imperador


ou o que for!


Teus papiros...


hieróglifos espirram e esbarram


em meus grifos


minh'alma transpira


será o vento do deserto...?


Meus riscos e rabiscos,


nas profundezas...


um oásis


doce água azulada...




onde nasce a realidade...


transmutação em versos...


o improvável fica próximo


o inconsciente é deflorado




Noite longa se apresenta


Magia


descem do espaço teus semblantes


ouço teus ais


Te sinto... vida...


observada e tocada...


pelo espelho da tua lua


São duas horas


madrugada de frio


calor no espírito


Danço na grama molhada


a luz das estrelas


infinitos movimentos


momentos que se traduzem


em luz distante... de fogo


um raio de felicidade


me levou para passear...

 IMAGEM - GOOGLE



domingo, 19 de dezembro de 2010

NATAL



Queridos amigos e amigas!

Obrigada pelas nossas amizades 
durante este ano!
 Que Deus com sua estrela maior
abençoe vocês e seus familiares, sempre!
Que o Novo Ano seja um oceano límpido de luz , paz,
 realizações  
que o amor universal 
permaneça gravado no coração de todos os seres!
Abraços fraternos!  
Beijos de luz !
Taís  

imagem-Google

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

MAR DESERTO


MAR DESERTO



O frio deste dia...sem enganos


nublado, inodoro, entorpecido


chuva fina derrubando meus planos


d


   e


       s


          água perdida


num mar deserto...dos vencidos


anjos c


              a


                   í


                       d


                           o
 
                               s ...


paisagem apagada,ressentida


Tempo estranho,renegado


pensamentos atemporais,infinitos cansaços


d


     o


          r


               m


                     e . . .


no chão de areia... molhada


lua fora de curso,nuvens sem espaços


Mar acinzentado


é triste teu canto


liras do passado


três gaivotas ao entardecer


brincam nos cacos de conchas,


descoloridas,


...já sem vida


é escuro teu manto


rochas entre a fumaça da névoa,


escondidas


o breu no céu,


fechado em pranto...


ondas que se vão, esquecidas...



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pensamento de RUMI



'SE DESEJAIS CHEGAR À CASA DA ALMA

BUSCAI NO ESPELHO O ROSTO MAIS

SINGELO'

poeta RUMI

domingo, 28 de novembro de 2010

PAZ E LUZ



PAZ E LUZ

Lugar de paz

p
a
 z
Energias de luz

l
u
z
Encontro interior


Três Coroas/RS
Fotos : Luz de Antares

domingo, 31 de outubro de 2010

LONGE DO TEU BÁLSAMO . . .



LONGE DO TEU BÁLSAMO . . .

Foram trilhas de felicidade

Caminhos azuis, de areia

Um sol e duas realidades

Sonhos... guardados...

Água da chuva

Pés sem meias

E o nosso tempo,abreviado

No limiar,fomos apartados

Por traição,caçados

Turvou o céu

Brusca tempestade

Vento rasgou nossos véus

Quanta maldade...

Murmúrios,parolagens

Insensatez...ociosas mentes

Falsas imagens

Me vi diferente...

triste e assustada

Obscura e descrente

semente pisoteada...

Delirando em miragens

Despedida forçada...

Longe do teu bálsamo...teu olhar

Do teu suave chegar

Está silencioso, meu mar

Minha alma naufragou,

E perdida,chora vingança

não descansa

O algoz nos roubou...

Na quietude do ar denso,

espio teu andar,tenso ...

não me conformo, não passou !

Preso em outro cais

Ancorado,sem chances de meu sim...

Um querer sufocado,em mim...

Preciso gritar... meus ais!

Lamento o triste fim...

... 
 
“Eu sonhei tanto amor, tantas venturas,

Tantas noites de febre e d’esperança!

Mas hoje o coração desbota, esfria,

E do peito no túmulo descansa”
(POESIA: Saudades – versos de Álvares de Azevedo)
























































































quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MINHA FORTALEZA



MINHA FORTALEZA

As pedras que me atingiram

de dores me afligiram

O meu coração se partiu

Todo o passado se refletiu

Contudo, eram peças que faltavam

para terminar minha fortaleza

Serpente de prata a transcender

sem pressa, a tristeza

Uma espada de luz ungiu-se de proteção

Fazendo-se libertar o coração

da negra canção

No mistério da escuridão

Aprisionei nuvens cinzas, de ilusão

O espelho refletiu as três faces da terra

E ,sutilmente, desfez-se a guerra

Em meio a um sonho...

Encontrei a chave da vida

Ergui minha fortaleza, estou protegida



terça-feira, 12 de outubro de 2010

CALENDÁRIO DE LUZ


CALENDÁRIO DE LUZ

O tempo...o alquimista,
Subitamente...
Engoliu o desgosto de ontem
Poeira de um passado
Os sinos me absorvem
Melodia do presente
Bálsamo de novos tempos
Ciência sagrada
Soando inspirações
Nos escaninhos da mente
Doces canções
Surge a criatura alada
Dos séculos passados
Dos sonhos à ressurreição
Num vôo infinito
Além dos horizontes do planeta
Viajante das estrelas de ametistas
Ao encontro do calendário de luz









sexta-feira, 1 de outubro de 2010

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TECELÃ DE SONHOS


TECELÃ DE SONHOS


Eu sou... tecelã dos meus sonhos


Tu és...chama ardente, ao vento


Vem derviche gigante...


Teus passos dançam a vida


Sem chão,voam ao relento


Supremo momento...


Leve espuma da onda... ilusão


Folhas lilases flutuam e se espalham


Na paz do meu coração


Sou a fumaça das nuvens...


O matizado do arco íris no horizonte


Vem em círculos de energia...derviche


No sonho do sonho que eu sonho


Desabrocha comigo, é primavera


Desce uma esperança... criança


Brinco num jardim de rosas


O vento que te leva


É o mesmo vento te traz


Perfume doce da estação


O amor de derviche é assim


Emoção de luzes...


Inspiração sem fim






UM SONHO PRIMAVERIL...


DESPERTA MINHA CRIANÇA CRISTALINA...


QUE DANÇA FELIZ PELA AMIZADE, QUE VIVE,


FEITA DE PAZ, DA COR LILÁS...













quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PARA ONDE O VENTO LEVAR . . .



PARA ONDE O VENTO LEVAR...




Selvagem beleza
Alma do mar, nunca descansa
Natureza...não é mansa
Agitadamente dança
Vem a noite...de tristezas
as ondas avançam
Sem compaixão,violentas
Não se cansam
Constante vai e vem
Água salgada a ferir
Os olhos dos rochedos
Açoite nas pedras
Ouço gritos na orla
Lamentos de mundos
Distantes
Que vem e vão...
Para onde o vento levar
No vai e vem de impasses
Indecisões...
Lamúrias de um cais
Sem ancoradouro
Lágrimas passageiras
Apenas o vento
Em seu momento
A doida visão distorcida
Um ácido a corroer as paredes
De um cérebro,em desatino
Loucuras...
Não chores criança
Já é tarde
Sem juras
Vai,descansa
Jaz uma emoção,aqui
O anjo perdeu suas asas
E vai...
Para onde o vento levar
Enterrado no caos da solidão
Sem graça, sem vida, por opção
Pétrea esperança
Conchas amontoadas
Quebradas
O quadro do tempo
Esgotado
Ledo engano
Do passado que é passado
Que vai para onde o vento levar
Carangueijo adormecido
Se arrisca e vai e volta
Indecisão...
Perdido no labirinto
Areia dominada pelo vento
Não chores criança
Já é tarde
sem juras
Vai,descansa
E vai...
Para onde o vento levar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O RENASCIMENTO DA POESIA


O RENASCIMENTO DA POESIA



A alma poética cansada,desmaiou
dormiu à sombra de suas dúvidas,
um sono profundo e atemporal,
que se desenhou... sem sonhos,
amortecida,entregue aos seus cansaços,
ali encolhida,ficou
Ao longe, os ecos...
palavras soltas: volta, volta
Vem,já está quase na hora!
Renasce inspiração e se transforme em versos!
Tal qual lagarta que sai do casulo,
bela borboleta !
Em céu escuro, a tempestade estava a caminho
palavras lutavam, presas, ao som de trovoadas
Sem quietude, o ar era cinza e denso
e uma voz interna prestes a explodir
Versos dispersos gritaram,
no claustro,no vazio...
Tateando entre os velhos muros,
cobertos de limo
palmilhando caminhos estreitos,
de olhos fechados
até que a venda cedeu e ela despertou,
sim, a inspiração retornou lentamente,
como uma onda no mar em dia de calmaria
Suspirando ouviu a voz do silêncio
Tentando buscar o caminho,
correu sem parar,
almejava encontrar uma saída
Muitas letras,embriagadas,misturavam-se,
palavras tropeçavam e caiam como chuva,
numa enxurrada,sem cessar
No labirinto obscuro de uma mente...
que embora descrente vivia por esperança
A inspiração quase sucumbiu
levada pela correnteza das amarguras
Alguns dias se passaram...
e a caneta tentava encontrar o papel
Aos poucos uma luz ressurgia,
um som singular,crescia,
no universo particular
Uma brisa de mil cores soprou,
perfumando o ar,
E libertando a criança interior
das desgastadas correntes do tempo
Inspiração voou e encontrou novas dimensões
Recordou cenários quase esquecidos
e avistou outros infinitos desconhecidos
no meio das nuvens,o sol despertou
surgiu dele uma ave imensa,
dizendo chamar-se POESIA
e que renasceu da liberdade...
da natureza, da essência da alma
impregnada pela INSPIRAÇÃO.




                                                         agem disponível GOOGLE

domingo, 22 de agosto de 2010

JOGO DE ESPELHOS


JOGO DE ESPELHOS

Foi só um jogo de espelhos

Sem reflexos, nem respostas

Sem ações, muito menos reações

O mar, tão verde, ficou turvo

O amor adormeceu na areia



Queria ver novamente teu veleiro

Nas águas a navegar

No entanto, querido, você ancorou

E eu estou triste a pensar

Acho que a paixão se afogou

Nas ondas do esquecimento



terça-feira, 10 de agosto de 2010

. . . ACORDES DA NOITE . . .



ACORDES DA NOITE

A poesia dorme nas nuvens,



num dia sem sol



Enclausurada no tempo frio



Se espreguiça



Presa no abismo do vazio



Da estação cinzenta



Manhãs de frio



Tardes congeladas



Nublado insistente



Uma cor sem cor



O andar sem rumo



Mãos e luvas



Suplicam pela chegada da noite



Dia escuro



Noite clara



A névoa se alastra



Fumaças oníricas



invadem o horizonte



desce a noite



sem pressa



como descem as cortinas



dos teatros...



levemente maliciosas



Vermelho sedutor



Instintos à espreita



O charme da cantina



Conhaque, vinhos e licores



Velas acesas



Falsos amores



Paixões sem sabor



Cartas sobre a mesa



Espelhos distorcidos



Refletem a vida



Mascarada tristeza



Existência camuflada,



se esconde



Surgem os vapores



Cheios de inspiração



Meus poetas se soltam



Vagam na noite



No azul noite da boemia



As letras brindam, com teimosia



Fantasia e realidade se mesclam



Nos matizes da dança das idéias



Onde os versos nascem,



crescem e cantam ...



são sons de esperança



que na madrugada definham



e ao raiar do dia desaparecem