quarta-feira, 31 de março de 2010

CHUVA DE ÓRION


Molho meu papiro mágico com lágrimas.
Deixo a chuva cair!
As lágrimas, que lavam as janelas da alma, nos fazem ver com maior clareza.
Tudo passa. As tristezas e lutas de agora serão convertidas em alegrias no amanhã, eis a magia da vida!
Acredito que a magia, na verdade, não é negra, nem branca, ela é mestiça, é parte da natureza manifesta em suas quatro estações. Amor e ódio, justiça e vingança, verdade e mentira, tudo pode se misturar. O único bem ou mal está no coração de quem sente, cada um tem sua balança...
Nem tudo o que sentimos pode ser tocado, porque o sentimento está no âmago, ou seja na essência da alma.
Um dia somos lagarta a se arrastar pelo chão, não percebemos que com o passar do tempo, criamos asas, sendo então, transformados em borboletas. Para que isso aconteça, deve haver um período de recolhimento e reflexão, uma parada para subir o próximo degrau, cada um desperta no seu tempo certo.
Os pedregulhos da estrada são capítulos do Livro da Vida, eles nos ensinam a caminhar. Com o passar do tempo nossas vivências farão do vencido, O Vencedor.
Viver, viver e viver, não ter medo de errar!!!
Deixo que chova. Os pingos da chuva querem cumprir sua missão!
E então banhada em lágrimas de prata, com pureza, sou parte da NATUREZA!
Muita Luz! Até um dia, Planeta Órion...
EU SOU LIVRE, EU SOU LUZ, EU SOU AMOR,
EU SOU A TAÍS!!!
ILUSTRAÇÃO:
MINHA FOTO NO INVERNO PASSADO EM PORTO ALEGRE/RS - BAIRRO MOINHOS DE VENTO - MUITAS CHUVAS DE ALEGRIAS!

sexta-feira, 26 de março de 2010

ONDAS DE OUTUNO


ONDAS DE OUTONO

TUA IMAGEM...
DE MINHA MENTE NÃO SAI
VENHO OBSERVAR, DO ALTO DAS ROCHAS
UMA PRAIA SILENCIOSA
LEVE BRISA QUE CAI
AS ONDAS ESPUMADAS
NO VAIVÉM DESTE IMENSO MAR
A NATUREZA SE TECE EM MISTÉRIOS, SEM MEDOS
NAS TRAMAS DAQUELA REDE, MEUS SEGREDOS
QUERO TEU BEIJO...
UM PÁSSARO SOLITÁRIO A VOAR,
SOBRE O MEU DESEJO...
O CÉU COMEÇA A DESBOTAR O AZUL
PRECISO TANTO TE AMAR...
QUANDO AO POENTE O ASTRO REI DECLINAR
QUE SOPRE O VENTO SUL
MAR DE TANTAS LEMBRANÇAS
AS PAIXÕES E SUAS SINAS
RESTOS DE ESPERANÇAS
O ÍNICIO E O FIM
VELHOS CASTELOS DE AREIA...
TOMBARAM, FOI MELHOR ASSIM
LINDA TARDE DE OUTONO
TEU ABRAÇO, COMIGO, GUARDADO
QUERO ME DELICIAR, NESTE ABANDONO
ESTAÇÃO DO PECADO...
MEU OLHAR, PAIRA NO HORIZONTE
NO AZUL DO MAR, DO TEU OLHAR
DOCE SABOR DE OUTONO
OUÇO UMA DIFERENTE CANÇÃO
SINTO UM PERFUME NO AR...
BEM VINDA , NOVA PAIXÃO!!!


“ Oculus animi index...”
“Illic est oculus qua res quam adamamus”
PUBLICADA NO SITE DE POESIAS E
NO SITE O MELHOR DA WEB POESIAS
Imagem disponível - GOOGLE

SELO QUE RECEBI DA AMIGA HEIDY - http://heidykeller.blogspot.com/


Poetisa querida, minha amiga no site O MELHOR DA WEB POESIAS, e agora também aqui neste espaço, é pessoa muito especial que trago guardada no coração!
Obrigada pela tua amizade, Heidy.

terça-feira, 23 de março de 2010

sábado, 13 de março de 2010

VINÍCIUS DE MORAES -MENSAGEM À POESIA


Vinícius de Moraes

Não posso
Não é possível
Digam-lhe que é totalmente impossível
Agora não pode ser
É impossível
Não posso.
Digam-lhe que estou tristíssimo, mas não posso ir esta noite ao seu encontro.
Contem-lhe que há milhões de corpos a enterrar
Muitas cidades a reerguer, muita pobreza pelo mundo.
Contem-lhe que há uma criança chorando em alguma parte do mundo
E as mulheres estão ficando loucas, e há legiões delas carpindo
A saudade de seus homens; contem-lhe que há um vácuo
Nos olhos dos párias, e sua magreza é extrema; contem-lhe
Que a vergonha, a desonra, o suicídio rondam os lares, e é preciso
reconquistar a vida
Façam-lhe ver que é preciso eu estar alerta, voltado para todos os caminhos
Pronto a socorrer, a amar, a mentir, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe; é porque há um herói num cárcere
Há um lavrador que foi agredido, há um poça de sangue numa praça.
Contem-lhe, bem em segredo, que eu devo estar prestes, que meus
Ombros não se devem curvar, que meus olhos não se devem
Deixar intimidar, que eu levo nas costas a desgraça dos homens
E não é o momento de parar agora; digam-lhe, no entanto
Que sofro muito, mas não posso mostrar meu sofrimento
Aos homens perplexos; digam-lhe que me foi dada
A terrível participação, e que possivelmente
Deverei enganar, fingir, falar com palavras alheias
Porque sei que há, longínqua, a claridade de uma aurora.
Se ela não compreender, oh procurem convencê-la
Desse invencível dever que é o meu; mas digam-lhe
Que, no fundo, tudo o que estou dando é dela, e que me
Dói ter de despojá-la assim, neste poema; que por outro lado
Não devo usá-la em seu mistério: a hora é de esclarecimento
Nem debruçar-me sobre mim quando a meu lado
Há fome e mentira; e um pranto de criança sozinha numa estrada
Junto a um cadáver de mãe: digam-lhe que há Um náufrago no meio do oceano,
um tirano no poder, um homem
Arrependido; digam-lhe que há uma casa vazia
Com um relógio batendo horas; digam-lhe que há um grande
Aumento de abismos na terra, há súplicas, há vociferações
Há fantasmas que me visitam de noite
E que me cumpre receber, contem a ela da minha certeza
No amanhã
Que sinto um sorriso no rosto invisível da noite
Vivo em tensão ante a expectativa do milagre; por isso
Peçam-lhe que tenha paciência, que não me chame agora
Com a sua voz de sombra; que não me faça sentir covarde
De ter de abandoná-la neste instante, em sua imensurável
Solidão, peçam-lhe, oh peçam-lhe que se cale
Por um momento, que não me chame
Porque não posso ir
Não posso ir
Não posso.
Mas não a traí. Em meu coração
Vive a sua imagem pertencida, e nada direi que possa
Envergonhá-la. A minha ausência.
É também um sortilégio
Do seu amor por mim. Vivo do desejo de revê-la
Num mundo em paz. Minha paixão de homem
Resta comigo; minha solidão resta comigo; minha
Loucura resta comigo. Talvez eu deva
Morrer sem vê-Ia mais, sem sentir mais
O gosto de suas lágrimas, olhá-la correr
Livre e nua nas praias e nos céus
E nas ruas da minha insônia. Digam-lhe que é esse
O meu martírio; que às vezes
Pesa-me sobre a cabeça o tampo da eternidade e as poderosas
Forças da tragédia abastecem-se sobre mim, e me impelem para a treva
Mas que eu devo resistir, que é preciso...
Mas que a amo com toda a pureza da minha passada adolescência
Com toda a violência das antigas horas de contemplação extática
Num amor cheio de renúncia. Oh, peçam a ela
Que me perdoe, ao seu triste e inconstante amigo
A quem foi dado se perder de amor pelo seu semelhante
A quem foi dado se perder de amor por uma pequena casa
Por um jardim de frente, por uma menininha de vermelho
A quem foi dado se perder de amor pelo direito
De todos terem um pequena casa, um jardim de frente
E uma menininha de vermelho; e se perdendo
Ser-lhe doce perder-se...
Por isso convençam a ela, expliquem-lhe que é terrível
Peçam-lhe de joelhos que não me esqueça, que me ame
Que me espere, porque sou seu, apenas seu; mas que agora
É mais forte do que eu, não posso ir
Não é possível
Me é totalmente impossível
Não pode ser não
É impossível
Não posso.

O poema acima foi extraído do livro "Antologia Poética",
Vinícius de Moraes .

quarta-feira, 10 de março de 2010

CLAUSTRO


CLAUSTRO

Entrei mansa em teu coração
Espiei o claustro da tua alma
Prece de esperança da paixão
Espera longa, muita calma
Minha perfeita fantasia secreta
Apunhalou-me por traição
Antes eu fosse mais discreta
Hoje choro lágrimas de desilusão
Os soluços não cessam...
Um dia, quem sabe...
Viverei para sorrir...
Mesmo que as mágoas se desfaçam
Mesmo assim, me esconderei de ti
Viverei sempre a fugir...
Por que te conheci?




Poesia publicada no - Site de Poesias -

domingo, 7 de março de 2010

Poesia ARMÊNIA de Arnaldo Leles


ARMÊNIA


Nas montanhas,

no Cáucaso ao sul,

há um casulo,

uma crisálida,

de onde sairá a borboleta Armênia,

minha fada azul da Ásia.


Ela foi a única em todo o orbe

que sensível,

me viu sofrer.

sem Armênia a trazer-me sorte,

aquela flor negra,

a mariposa da morte...

bem sabes... eu vou morrer.


E quando no desespero

fecho os olhos,

um mar vermelho

me aparta de ti (sinal nada bom.)

É como se o éden, a Canaã,

de repente virasse Edom.

Iluso é,eu querer te encontrar nesse deserto,

terra prometida.

Rolaria feito rosa-de-jericó

por arenitos incertos.

Oh! se tu és o meu profundo desejo,

vem a mim, tu que sabes voar!

Vem ruflar de minha vida amarga

este entejo.

Palavras de uma pessoa muito querida, um grande poeta, chamado ARNALDO LELES!!!!


O desprezo é uma roca que mata.

Sou um poeta morto.

Hoje não me iludo mais com borboletas azuis, são meros lenços esvoaçantes, tramas e urdiduras de um destino fabuloso de binários que não se encontram.

Ah! Como é bom estar morto, neste limbo de penumbras sob filtros de acetato!!!!!!!!!!!!!"

Cava-me uma cova no gramado, cobre me com relva verde!"

...Como dizia Nietzsche:"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não SÃO".


(MENSAGEM postada em 28 de fevereiro de 2010, no meu livro de visitas no site o Melhor da Web Poesias ) -

sábado, 6 de março de 2010


Um Arlequim, um Pierrô

Minha alma é formada de vários fragmentos de luz.
Meu espírito é como uma roupa de arlequim, multicolorida.
“Cor é luz, e luz é vida.”
Cada cor desta roupa de retalhos simboliza um caminho, uma verdade.
Não consigo deixar minha mente e meu coração na singularidade de apenas um retalho desta roupa.
Acredito que tudo neste mundo esteja ligado, nos iludimos se tentamos separar tudo.
A roupa do arlequim é assim, muitas cores unidas formando uma unidade colorida vibrante e pulsante.
Esta minha alma de roupa de arlequim é assim, ela não se fecha para as idéias, ela na verdade incorpora tudo que é diferente e benigno.
Esta minha visão de arlequim é bem diferente do pierrô, que vem todo de branco. Talvez o pierrô possa simbolizar apenas um pensamento, o que seria triste.
Mas eu acredito que esta roupa branca seja a mesma roupa do arlequim, vista de uma maneira diferente.
Como nas cores o branco seria a união de tudo quando tudo se mescla definitivamente.
UM TEXTO ESCRITO PELO MEU GRANDE AMIGO E CONSELHEIRO : POETA OCULTO
imagem -google

sexta-feira, 5 de março de 2010

ABSOLUTO SILÊNCIO




Absoluto silêncio

Sem fantasias

Pálpebras fechadas

Cessou o canto

Forte concentração

Perda do encanto

Tristeza oriunda da paixão

Páginas a serem viradas

Frágil coração

Pereceram as alegrias

Os dedos sobre o rosto

Escondem o desgosto

Absoluto silêncio

Nenhum vento,a soprar

Fios de cabelos dourados

Estáticos...

Gelo no mar

Nada a esperar

Só lembranças

Absoluto silêncio

Vazio sem fim

A dor da ferida invisível

Olhos fixos no nada

A escuridão da madrugada

Absoluto silêncio

Apenas a solidão

Razão do lamento

O fim da ilusão

A morte construída

Continua, a vida

Eterna frustração

A fuga, rima perdida

O breu do momento

Tremor violento

Absoluto silêncio

Não já réus para serem julgados

Tampouco há pecados,

a serem perdoados

Somente sentimentos sufocados

Um “porquê” agonizante

a ser crucificado

Sem razão para existir

Chave do momento: fugir

Absoluto silêncio

Olhos fechados,

a tentar entender

Face alva a fingir

o adormecer

O pesadelo do desagrado

O corpo a tremer...

Vem o desespero

Sujeito oculto, indecifrável...

Um vulto

Vôo instável

Precipício

Absoluto silêncio

Respiração ofegante

Ouvidos a escutar o som da noite

Que se arrasta a tropeçar nas horas

Querendo encontrar o dia...

Precisamos arrebentar o barbante

Neste triste instante...

Absoluto silêncio


Publicado no site: O Melhor da Web em 05/03/2010

Código do Texto: 51375

quinta-feira, 4 de março de 2010


LABIRINTO DE UMA PAIXÃO

Estranha visão
Cavaleiro errante, some na névoa
Escuridão
Há sangue nas rochas
Maldição
O mar está opaco
Há guerras invisíveis
Ondas violentas romperam correntes
Foi-se um elo da Terra
Espelho de engodo
Imagem refletida ao inverso
Praia vazia...
O som de um eco, um verso
Relógios pararam...
Cacos de vidro na areia
Pés frios, descalços
As velhas chaves...
já não abrem mais as portas
Misteriosos conclaves
União retalhada
Faces da orla
Ora perdida
Ora reservada
Quase sem vida
O desespero paira próximo
ao escuro desfiladeiro
Cavaleiro! Não te escuto mais...
A solidão está nos matando
Fixo naquela imagem , à noite
Lágrimas vertem de minha alma
O algoz regozija-se com o açoite
Dor invisível, que consome
Fragmentos de absoluta negação
Labirinto da paixão
Desilusão
. . . ... . . .

É tarde, que pena, é muito tarde,
o tempo passou depressa,
a angústia ainda, no peito arde

Perdemos muitas chances, presos a formalidades impregnadas por uma falsa moral, imposta pela mesquinha sociedade, hipocrisias de um mundo doente...

“ FUGIT IRREPARABILE TEMPUS”

Amargo sabor

Li nas linhas da mão do tempo
Um caminho cortado
espada afiada do medo
Mistério revelado
Ilusão do segredo
A noite cobriu com luto minha alegria
Ar cinzento, névoa fria
Angústia infinita no presente
Tristeza sem fim, no coração e na mente
Uísque com sabor de loucura
Na memória uma distorcida figura
Amargura
Espelho partido
Tempo perdido
A queima da semente
Silêncio sarcástico vindo de longe
A lua se esconde
Uma chuva de arrependimentos

A cair sobre os sentimentos


Imagem disponível _Google

Registro de Autoria

Respeite a Lei 9610 dos Direitos Autorais

terça-feira, 2 de março de 2010


CASTELO DE GELO

Cavaleiro das sombras, na neve
Espectro, no castelo de gelo
Gritos na masmorra, um apelo
O tempo é breve....
Procuras inspiração
O eco é tua canção
O lado escuro te chama
É o fim da estação
Alguém ainda te ama?
Um corte no espaço
Tua lâmina, sem aço
Uma rigorosa mistura de frios
Os ventos mudam curso dos rios
Te derrubaram na branca lama
Um breu no clarão
Foi-se a tua fama
Castelo sem sorte
A sombra da morte



ÁGUIA ESCONDIDA NO VITRAL

Céu escuro
Vento
Chuva
Mistérios percorridos
Lamentos
Ecos perdidos
Pensamentos
Um relâmpago da verdade
Noite de tempestade
Corpos de aves, encolhidos
Desespero, vários pedidos
Um talvez...
Sombras letárgicas
Um choro que se fez
Lágrimas, cismas intensas
um carvão voando
Brasa insistente...
Mente divagando
Girando...
Águia escondida
Machucada
Asa rompida
Entre os vitrais vermelhos
Sangue escorrendo
Fria catedral
Sementes com cal
Tudo em volta derretendo
Jogo de espelhos
Pássaros tristes
Sem poder voar
Alguns morrendo
Som de Sinos, a soar
Lá fora...
Velhas casas
O vazio
Solidão
Negras ondas
Agitação
Rochas despencando
Os sonhos desatinados
Gosto de sal
Ar esverdeado
Vento glacial
Descompassado
A penetrar o vitral
Águia já sem esperanças
Sobrevive ao mal
Um esforço sobrenatural
Encontrou seu legado
Ser alado...
Resgate iluminado
imagem disponível - GOOGLE
Poesia publicada nos sites:
O Melhor da Web poesias e no
Site de Poesias
Respeite os direitos autoriais

segunda-feira, 1 de março de 2010


TONS DA NATUREZA

Época de florescer
Viver
Detalhes de bela paisagem
Sigo a viagem
Raios de sol ao amanhecer
tingem os contornos da montanha
que parece nunca envelhecer
rocha e relva se misturam
Matizes de verde e marrom
Imprimindo à retina, fortes tons
Pássaros a voar entre os galhos
Vários sons
As folhas a cair em retalhos
Brilho alvo da cascata
Mistérios da mata...
O tempo a passar
Recordações se insinuam
no meu pensar
Razão e emoção a duelar
Fico aqui, deitada na grama
como se fosse minha cama
Atenta a escutar a voz da natureza
Quanta beleza
Final de tarde, quietude
As cores se perdem
O sol mergulha no horizonte
Brisa leve a soprar
Relva aveludada a esfriar
A noite a cair
Estrelas estão a surgir
Tenho que partir...
Estrada estreita
Caminhos serpenteados
Ninguém a minha espreita
Eucaliptos enfileirados
Fortaleza erguida! Coração e mente
Vou em frente
Sapatos empoeirados
Em meio à escuridão
Vagalumes me dão
A certa direção

Imagem disponível - Google
- respeite os direitos autorais -

ESTAÇÃO LILÁS

O exuberante lilás

das flores da estação

mistura-se ao verde da montanha

O sol matinal a amornar meu coração

Andarilha perdida em sonhos

No silêncio azul de teus olhos

flutuo entre as hortênsias

presa aos fios do desejo

há lentes de aumento

Tarde a cair desbotando a paisagem

O silêncio da noite é índigo

A luz do luar acaricia o lago

Escuro, profundo, misterioso

Inúmeras lanternas de vaga lumes

num constante piscar

Grilos, tenores da natureza

a cantarolar

Vem a brisa da madrugada

Sucede o amanhecer orvalhado

Flores azuis , flores lilases

Pintura de uma realidade

do verão aqui na serra


Imagem disponível - Google
Poesia Publicada nos sites:
O Melhor da Web Poesias
Site de Poesias
Casa da Poesia

CARROSSEL DAS FLORES
Em um Universo de muitas cores
Senti profundamente o perfume das flores
O carrossel azul girava, no meio da floresta
Em festa
Cercado de abelhas, joaninhas e beija flores
O anjo pintor de minhas telas
Me ensinou a dança da vida
Conheci as margaridas
Quase escondidas
Entre os arbustos adormecidas
No meu sonho as preferidas
Respirei o odor das rosas
brancas, amarelas e vermelhas,
Graciosas
O carrossel cheio de amores perfeitos,
cravos e girassóis,
rodou, rodou e rodou
E suavemente, uma musica tocou
Tudo, naquele lugar, se iluminou
Os crisântemos e as violetas
Conversavam com inúmeras borboletas
As camélias e dálias me viram
Sorriram
O lírio e a hortênsia namoravam
Havia muito mel, que jorrava do céu
E no ritmo das flores
Muitos amores
Que lugar de fantasia
No carrossel das flores
Tem muita magia.


imagem disponível -GOOGLE

TEU RASTRO
Sigo o teu rastro
É assim que te acho
Águia na noite
Sobrevoando o teu ninho
Te roubando os pensamentos
E deixando no ar uma angústia
Vem a insônia insana
Vida não vivida
Paixão quase perdida
Mistério guardado
Um tempo indeterminado
que saudade sufocante
do meu eterno namorado
sentimento guardado
marcas do passado



Imagem disponível - Google

♥ MAR DE SONHOS ♥

Contemplo a paisagem, a praia
Vagarosamente entro no mar
Danço ao som das ondas, vaivém constante
A espuma prateada, reflete a luz do luar
Tua face me vem a mente
Fixada no meu trajeto, volto para a areia
O vento sopra uma canção
Ele sussurra o teu nome
As estrelas envolvem meu ser
Adormeço amparada pela noite
O azul marinho domina meus sonhos
E nas profundezas do oceano,
Tu estás ao meu lado
Estou envolvida no teu abraço
Não quero mais acordar

Imagem - Google