sábado, 27 de fevereiro de 2010


PESADAS CORRENTES

Cavaleiro das Sombras atira a máscara no chão
Desce a estrada cambaleando, sem direção
Seu destino ele não sabe, tateia na escuridão
Vai à frente, recua com medo, está na contramão

Perdeu o rumo da vida, com a dor da ferida
Sangrando ele segue bebendo à figura, quase esquecida
Precisa depressa encontrar a luz, a esperança perdida
Sozinho, ele grita, chora, soluça, no desespero da paixão rompida

Cavaleiro das Sombras está cansado, entristecido
Quando pensa em sua amada, fica arrependido
Quer seu perdão, necessita ser compreendido
Arrasta suas correntes, pesadas, ao coração proibido

Pensa naquela dama de olhos tristes, com carinho
Implora por um outro encontro, em seu caminho
Sua alma está a sofrer pelo veneno de um espinho
Olha para o vazio imenso e adormece de mansinho

Cavaleiro das Sombras tem pesadelos com sua Flor
Acorda assustado, acovardado, com receio de rancor
Geme com as mãos cruzadas, por sua infinita dor
Levanta-se novamente e caminha em busca de seu Amor

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