sexta-feira, 12 de agosto de 2011

OITO POR OITO



OITO POR OITO

Nas andanças do dia

Perdi minha estrela guia

Oito por oito... fervia

Falsa visão

Espada da ilusão

Em minha marcha noturna

Desviando serpentes

Arrastando correntes

Encontrei nos montes, o cão

Até parecia gente...

Contradição...

Muito feno empilhado

Palhas no chão

banhadas pelo luar

Reluziam como ouro,

Céu negro,cinza, arroxeado

Confundindo meu olhar

Pobre tesouro

Imensa armadilha

Me joguei na tal maravilha

Sujei minhas botas de lama

Sórdida trama

O eclipse aflorou...o velho caiu,

O anjo caiu

A chuva sangrenta desceu...

Minha lágrima subiu

O cão não mordeu, só latiu

Desviei das navalhas

O inferno sorriu

Que templo pestilento

Quantas mortalhas

Preciso de vento...

vento sul, vento norte , vento...

Oito por oito, acabou o tempo...


Vem depressa COMETA, com o som do vento,

Vem meu norte... poeta triste...

Está ventando, ilesa estou com a bússola,

vamos fazer a trilha, hoje...
















































































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