quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

TELA NOTURNA DO TEMPO





TELA NOTURNA DO TEMPO


Pedras escuras, trilhos estreitos

A noite acorda a velha cantina

Som de gaitas ao longe

Cantoria , vozes, risos

Ventania nos arvoredos

Temporal a caminho

Luz bruxuleante

Céu sem lua

Rua deserta

Salão imenso

Estátuas de mármore

marcadas pelo tempo

de nublados e neblinas

sussurros nas mesas medievais

passos,giros, copos, cartas e jogos...

A dança das idéias escondidas, poeira...

Barulho estridente, ruptura

Taças de vinho

estilhaçadas ao chão

Tingindo de púrpura o espaço

Nas telas silhuetas de homens e lobos

O som dos trovões

Reflexos de relâmpagos nos espelhos

Chuva grossa que cai sem parar

Gelo e sal na tolha parda

Garrafas esverdeadas

Papel amarelado

Escrituras antigas expostas

E um eco sem fim...

“trocando vinho e bebendo idéias?”

Onde estão os Goliardos?

Estão no poema que nasce...

Triste,silenciando seu choro

Na hora tardia

Na morte da noite

Que já escuta o galo cantar












































































Um comentário: