TELA NOTURNA DO TEMPO
Pedras escuras, trilhos estreitos
A noite acorda a velha cantina
Som de gaitas ao longe
Cantoria , vozes, risos
Ventania nos arvoredos
Temporal a caminho
Luz bruxuleante
Céu sem lua
Rua deserta
Salão imenso
Estátuas de mármore
marcadas pelo tempo
de nublados e neblinas
sussurros nas mesas medievais
passos,giros, copos, cartas e jogos...
A dança das idéias escondidas, poeira...
Barulho estridente, ruptura
Taças de vinho
estilhaçadas ao chão
Tingindo de púrpura o espaço
Nas telas silhuetas de homens e lobos
O som dos trovões
Reflexos de relâmpagos nos espelhos
Chuva grossa que cai sem parar
Gelo e sal na tolha parda
Garrafas esverdeadas
Papel amarelado
Escrituras antigas expostas
E um eco sem fim...
“trocando vinho e bebendo idéias?”
Onde estão os Goliardos?
Estão no poema que nasce...
Triste,silenciando seu choro
Na hora tardia
Na morte da noite
Que já escuta o galo cantar
Sempre lindos seus poemas, parabéns.Beijos
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