segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TECELÃ DE SONHOS


TECELÃ DE SONHOS


Eu sou... tecelã dos meus sonhos


Tu és...chama ardente, ao vento


Vem derviche gigante...


Teus passos dançam a vida


Sem chão,voam ao relento


Supremo momento...


Leve espuma da onda... ilusão


Folhas lilases flutuam e se espalham


Na paz do meu coração


Sou a fumaça das nuvens...


O matizado do arco íris no horizonte


Vem em círculos de energia...derviche


No sonho do sonho que eu sonho


Desabrocha comigo, é primavera


Desce uma esperança... criança


Brinco num jardim de rosas


O vento que te leva


É o mesmo vento te traz


Perfume doce da estação


O amor de derviche é assim


Emoção de luzes...


Inspiração sem fim






UM SONHO PRIMAVERIL...


DESPERTA MINHA CRIANÇA CRISTALINA...


QUE DANÇA FELIZ PELA AMIZADE, QUE VIVE,


FEITA DE PAZ, DA COR LILÁS...













quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PARA ONDE O VENTO LEVAR . . .



PARA ONDE O VENTO LEVAR...




Selvagem beleza
Alma do mar, nunca descansa
Natureza...não é mansa
Agitadamente dança
Vem a noite...de tristezas
as ondas avançam
Sem compaixão,violentas
Não se cansam
Constante vai e vem
Água salgada a ferir
Os olhos dos rochedos
Açoite nas pedras
Ouço gritos na orla
Lamentos de mundos
Distantes
Que vem e vão...
Para onde o vento levar
No vai e vem de impasses
Indecisões...
Lamúrias de um cais
Sem ancoradouro
Lágrimas passageiras
Apenas o vento
Em seu momento
A doida visão distorcida
Um ácido a corroer as paredes
De um cérebro,em desatino
Loucuras...
Não chores criança
Já é tarde
Sem juras
Vai,descansa
Jaz uma emoção,aqui
O anjo perdeu suas asas
E vai...
Para onde o vento levar
Enterrado no caos da solidão
Sem graça, sem vida, por opção
Pétrea esperança
Conchas amontoadas
Quebradas
O quadro do tempo
Esgotado
Ledo engano
Do passado que é passado
Que vai para onde o vento levar
Carangueijo adormecido
Se arrisca e vai e volta
Indecisão...
Perdido no labirinto
Areia dominada pelo vento
Não chores criança
Já é tarde
sem juras
Vai,descansa
E vai...
Para onde o vento levar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O RENASCIMENTO DA POESIA


O RENASCIMENTO DA POESIA



A alma poética cansada,desmaiou
dormiu à sombra de suas dúvidas,
um sono profundo e atemporal,
que se desenhou... sem sonhos,
amortecida,entregue aos seus cansaços,
ali encolhida,ficou
Ao longe, os ecos...
palavras soltas: volta, volta
Vem,já está quase na hora!
Renasce inspiração e se transforme em versos!
Tal qual lagarta que sai do casulo,
bela borboleta !
Em céu escuro, a tempestade estava a caminho
palavras lutavam, presas, ao som de trovoadas
Sem quietude, o ar era cinza e denso
e uma voz interna prestes a explodir
Versos dispersos gritaram,
no claustro,no vazio...
Tateando entre os velhos muros,
cobertos de limo
palmilhando caminhos estreitos,
de olhos fechados
até que a venda cedeu e ela despertou,
sim, a inspiração retornou lentamente,
como uma onda no mar em dia de calmaria
Suspirando ouviu a voz do silêncio
Tentando buscar o caminho,
correu sem parar,
almejava encontrar uma saída
Muitas letras,embriagadas,misturavam-se,
palavras tropeçavam e caiam como chuva,
numa enxurrada,sem cessar
No labirinto obscuro de uma mente...
que embora descrente vivia por esperança
A inspiração quase sucumbiu
levada pela correnteza das amarguras
Alguns dias se passaram...
e a caneta tentava encontrar o papel
Aos poucos uma luz ressurgia,
um som singular,crescia,
no universo particular
Uma brisa de mil cores soprou,
perfumando o ar,
E libertando a criança interior
das desgastadas correntes do tempo
Inspiração voou e encontrou novas dimensões
Recordou cenários quase esquecidos
e avistou outros infinitos desconhecidos
no meio das nuvens,o sol despertou
surgiu dele uma ave imensa,
dizendo chamar-se POESIA
e que renasceu da liberdade...
da natureza, da essência da alma
impregnada pela INSPIRAÇÃO.




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