Minhas vírgulas
Entre as rosas amarelas ...
crivadas de espinhos
Esconde-se o punhal da in(decisão)
Hipérboles cansadas da mesmice da vida
Caminhos de brisas e temporais
Chão de estrelas descoloridas
Horizonte em chamas
Polaridades invertidas,
Explosão silenciosa
Vírgulas em tantas estradas distintas,
algumas caídas nas curvas cinzentas
outras dispostas em lugares ermos
muitas delas desgastadas pelo tempo hostil
Minhas vírgulas são tantas ...
Quantas pausas amigas do engano
Vírgulas ceifando os compassos
Milhares de orquestras sem som
Deixando as letras reféns...
de um relógio que se cansou
entre olhares viperinos, mesmo assim
essas letras teimosas renascem
e descansam, sem culpa na luz do sol
totalmente despidas de reticências
sementes germinando
ideias nascendo
meus pensamentos me compreendem
é isso que importa
ignoro os falsos adjetivos,
que de tanto discursar
nada mais ...dizem
sonhos desenganados
meu punhal entre as rosas
com vontade...rasgo o ventre da ilusão
deixando suas vísceras no fosso da ironia
libertando o coração das masmorras
e voando bem alto
ao lado de minhas vírgulas
que também criaram asas...
Maravilhosa sua poesia, encantei com sua forma de contruir palavras, lindíssimas. Vou estar seguindo pra voltar novamente.
ResponderExcluirSerá muito bem vinda no meu blog, convido a conhecer, e seguir-me se gostares.
Um grande abraço!